×

O que é o Programa de IST e sua função

SECRETARIA DE SAÚDE

prevencao-combinada-hiv

O que é o Programa de IST/HIV/AIDS/HV?

O Programa existe para diminuir a vulnerabilidade da população da cidade de Itapevi às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e HIV/Aids e Hepatites Virais; prevenir novas infecções; promover a qualidade de vida das pessoas afetadas, reduzir o preconceito, a discriminação e os demais impactos sociais negativos das IST/HIV/Aids e Hepatites Virais, conforme os princípios do SUS (Sistema Único de Saúde).

Hoje o programa fica junto a Vigilância Epidemiológica, dentro da Secretaria Municipal de Saúde, onde temos informações sobre os munícipes que tenham sido diagnosticados com Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), HIV/Aids e Hepatites Virais. Essas informações são fornecidas por serviços de saúde do município (UBS/ USF / SAE/ Prontos-socorros, CIS, HGI e hospitais privados), e de outros municípios.

Valores:

Ética, solidariedade, cidadania, transparência, compromisso e respeito à diversidade.
  
Visão:

Ser referência para atendimento ambulatorial e matriciamento das IST/HIV/Aids, na busca pela redução desses agravos e da discriminação das pessoas mais vulneráveis e vivendo com HIV/AIDS e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

Teste rápido?

Você sabia que nas unidades de saúde (Unidade de Saúde da Família / Unidade Básica de Saúde / Serviço de Atendimento Especializado), há disponíveis os testes rápidos de HIV, Sífilis, Hepatite C e Hepatite B? A execução, leitura e interpretação dos resultados são feitas em, no máximo, 30 minutos. Além disso, são de fácil execução e não necessitam de um laboratório.

Você pode chegar durante o horário de atendimento da unidade e solicitar para realizar o teste rápido ao profissional de saúde.

O que é o HIV?

HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana, causador da aids (síndrome da imunodeficiência adquirida), que ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças.

Quais são os sintomas do HIV?

Quando ocorre a infecção pelo vírus causador da aids, o sistema imunológico começa a ser atacado. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa despercebido. Caso haja suspeitas de infecção pelo HIV, procure uma Unidade de Saúde mais próxima e realize o teste.

Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a aids?

Há muitas pessoas infectadas pelo vírus do HIV que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas, podem transmitir o vírus a outros pelas relações sexuais sem proteção de camisinha masculina ou feminina, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho, durante a gravidez e a amamentação. Por isso, é sempre importante fazer o teste regularmente e se proteger em todas as situações.

Apenas homens gays pegam HIV?

Não. O vírus da imunodeficiência humana (HIV) pode ser transmitido de diversas formas, incluindo sexo. Não importa qual orientação sexual ou gênero que você tenha – qualquer pessoa que faça sexo corre o risco de contrair HIV. Estudos mostram que homens que fazem sexo com homens são desproporcionalmente mais afetados pelo HIV, mas o vírus pode também ser passado através de sexo heterossexual, e (raramente) através de sexo lésbico (entre duas mulheres).

Mesmo não havendo ejaculação na relação sexual, é possível transmitir ou contrair o vírus?

O líquido que é expelido antes da ejaculação pode ter vírus do HIV, por isso, o contato com o pênis, mesmo sem penetração, pode apresentar risco de transmissão do vírus.

Você pode pegar HIV com uma tatuagem ou piercing?

Sim. Pode haver um risco de contração do HIV ou outra infecção sanguínea (como hepatite B ou C) se os instrumentos usados para o piercing ou a tatuagem não forem esterilizados ou desinfetados entre um cliente e outro. Qualquer instrumento usado para furar ou cortar a pele deve ser usado uma vez e depois descartado de forma segura. Se você está pensando em fazer uma tatuagem ou um piercing, pergunte a equipe do lugar sobre as precauções tomadas. Se você tiver dúvidas sobre limpeza do local, procure outro.

Tem como pegar HIV pela picada de um mosquito?

A transmissão do vírus HIV não é possível por picada de  mosquitos. Não há relato de que alguém foi contaminado e tenha desenvolvido aids em função de picadas de mosquitos. 

O HIV tem cura?

Ainda não há cura para o HIV, mas há muitos avanços científicos nessa área que possibilitam que a pessoa portadora do vírus tenha uma boa qualidade de vida. O tratamento do HIV faz com que a quantidade de vírus seja controlada e permaneça em quantidade pequena (menor que 40 cópias) que são chamamos de carga viral indectável.

Qual é a forma mais eficaz de prevenção contra o vírus HIV?

O meio mais simples e acessível de prevenção ao HIV é o uso de preservativos masculino e feminino no ato sexual seja ele anal, vagina ou oral.

O posto de saúde disponibiliza camisinha masculina e feminina? Onde posso encontrar?

Os preservativos masculinos e femininos são distribuídos gratuitamente em unidades de saúde e também estão disponíveis para compra em estabelecimentos da iniciativa privada, como farmácias e drogarias.

Onde fazer o exame para saber se tenho HIV/Aids?

Nas unidades básicas de saúde (UBS) e unidade saúde da família (USF) e serviço de atendimento especializado (SAE) que realizam ações de diagnóstico e prevenção de outras infecções sexualmente transmissíveis. Nesses serviços, é possível realizar testes para HIV, sífilis e hepatites B e C gratuitamente.

É possível, sendo menor de idade, realizar o teste para saber se tenho HIV sem a presença dos meus responsáveis?

O quanto antes tivermos o diagnóstico da infecção pelo HIV é uma prioridade para o Ministério da Saúde. Desta forma, o acesso ao exame é um direito de todas as pessoas independentemente de sua idade.

O Ministério da Saúde recomenda que:

– Quando se tratar de criança (0 a 12 anos incompletos), a testagem e entrega dos exames só deve ser realizada com a presença dos pais ou responsáveis;

– Quando for adolescente (12 a 18 anos), após uma avaliação de suas condições de discernimento, fica restrito à sua vontade a realização do exame, assim como a participação do resultado a outras pessoas.

Quanto tempo demora o resultado de um teste de HIV?

O teste rápido demora 30 minutos, e os testes de sangue realizados em laboratório podem demorar de três a sete dias.

O que é o autoteste?

É quando a pessoa realiza sozinho o teste (oral ou sangue) e interpreta o resultado sozinho ou com alguém em quem confia. Os resultados que podem aparecer são: “reagente”; “não reagente”. Ao verificar que o resultado é “reagente”, ou seja, positivo, isto indica que a pessoa pode estar infectada pelo HIV. Entretanto, esse não é um resultado definitivo. Neste caso, ela deve procurar o serviço de saúde para realizar outros testes que irão confirmar, ou não, o resultado reagente. Um teste não reagente (negativo) significa que o corpo não possui anticorpos contra o HIV no momento da testagem, ou período de janela imunológica. 

O Autoteste detecta o vírus?

O autoteste não detecta o vírus, mas sim os anticorpos, ou seja, a reação do corpo ao HIV. Geralmente, o anticorpo é detectado no prazo de 30 dias após a exposição ao HIV. 

O que é janela imunológica?

É o período entre a infecção e a produção de anticorpos contra o HIV pelo seu organismo. As pessoas costumam ir em busca de exames para o HIV recentemente após a exposição sexual, momento que terá um resultado falso negativo, pois ainda não temos a quantidade de anticorpos para um resultado reagente. É importante refazer os testes com 30 dias da exposição ao HIV.

O que devo fazer se o teste HIV for negativo? 

Se fizer o teste de 30 dias a 3 meses depois do contato suspeito e não praticou sexo sem preservativo neste período, pode ter a certeza que não está infectado pelo HIV. Agora, pare e pense se realmente não teve sexo desprotegido em outras ocasiões após, para que seja realizado os exames contando a data da última exposição e assim ter um resultado adequado.

Como é o Tratamento do HIV? É caro?

O tratamento se faz por meio de comprimidos, de uso diário, fornecido gratuitamente pelo SUS. É importante o uso contínuo sem interrupção e com acompanhamento médico para monitoramento clínico.

Tem o que fazer logo após a exposição sexual para impedir a infecção do vírus do HIV?

Sim, temos a profilaxia pós exposição sexual (PEP). Que é uma medida de prevenção de urgência à infecção pelo HIV, e deverá ser iniciada o mais brevemente possível, até no máximo 72h. Em Itapevi, a PEP é fornecida no SAE e Pronto-socorro Central, Amador Bueno e Cardoso.

SAE – Serviço de Atendimento Especializado (das 07h às 16h)

José Michelotti, 97 Cidade Saúde dentro do Pronto-socorro Infantil em frente ao Shopping Vila Nova

Pronto-socorro Central (24h)

Rua José Michelotti, 300 – Cidade da Saúde, Itapevi – SP, 06693-005

Pronto-socorro Amador Bueno (24h)

Rua Bambina Amirabile Chaluppe, 200 – Amador Bueno, Itapevi – SP, 06680-420

Pronto-socorro Cardoso (24h)

Rua Padre Giovanni Cornaro, 277 – Vila Dr. Cardoso, Itapevi – SP, 06654-320

Onde posso encontrar os direitos do cidadão soropositivo?

Acesse a página   http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/direitos-das-pvha

Minha condição sorológica pode ser divulgada sem a minha autorização?

Em respeito à intimidade e à privacidade, nenhuma pessoa pode divulgar quem tem HIV/Aids sem prévia autorização, mesmo os profissionais de saúde.

Posso ser demitido por ter HIV?

Nenhum empregador pode demitir o empregado apenas por ter HIV. A demissão por discriminação pode gerar ação trabalhista para que o trabalhador seja reintegrado. Se, além disso, a demissão for constrangedora, o trabalhador pode requerer indenização por danos morais.

Perguntas e respostas sobre Infecção Sexualmente Transmissível?

O que é infecção sexualmente transmissível? 

Antes de mais nada vamos entender o que é uma infecção. Infecção é a entrada de um agente causador (vírus, bactérias ou outros) no organismo. As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) então são infecções causadas por vírus, bactérias, fungos ou outros microrganismos, transmitidas sexualmente.

Por que o termo Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) passou a ser usada para substituir o uso do nome Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs)?

Porque existe a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir a infecção, porém não ter sinais e sintomas. Como é o caso da infecção pelo HIV.

Como as pessoas se contaminam pelas ISTs? 

As pessoas se contaminam pela transmissão, principalmente, por sexo (oral, vaginal, anal) sem o uso de camisinha masculina ou feminina, com uma pessoa que esteja infectada. 

Também podemos ter a transmissão da mãe contaminada para o bebê durante a gestação ou na hora do parto.

 E durante o compartilhamento de objetos para o uso de drogas como cachimbos, seringas e agulhas com sangue contaminados.

Existe tratamento para todas as ISTs?

Sim, existe tratamento para as ISTs. Algumas são curáveis e outras são controladas a ponto de não ter prejuízo ao organismo e também não transmitir a outra pessoa.

Como posso identificar se estou com uma IST?

Poderá apresentar na região genital ou em outras partes do corpo coceira, feridas, corrimento, dor, verrugas, bolhas, caroços na região da virilha e outros. 

Pode ainda não ter sintomas e ser identificado por exames solicitados pelo profissional de saúde.

Quais as ISTs mais comuns?

As ISTs mais comuns são:

  • Cancro mole
    • HPV
    • Corrimento Uretral
    • Herpes
    • HIV/AIDS
  • Sífilis
  • Hepatites virais

As ISTs podem ser transmitidas de uma forma não sexual?

Sim, as ISTs podem ser transmitidas não sexualmente. Por exemplo, da mãe para o filho durante a gravidez ou o parto, e também por meio de transfusões de sangue. E outras somente com o contato direto como por exemplo HPV.

Você pode pegar uma infecção sexualmente transmissível ao fazer uma tatuagem ou um perfurante?

Sim, algumas ISTs podem ser transmitidas quando uma parte do corpo é perfurada para colocar brincos ou enfeites (piercing) ou quando uma tatuagem é feita. Como exemplo Hepatites Virais.

Existe risco de contágio no sexo oral desprotegido?

Sim, na prática do sexo oral existe o risco de contágio das IST, pois as mucosas dos genitais e da boca entram em contato.

Sem ejaculação, também podem ocorrer infecções sexualmente transmissíveis?

Sim, o líquido que é expelido antes da ejaculação pode ter vírus do HIV, por isso, o contato com o pênis, mesmo sem penetração, pode apresentar risco de transmissão do vírus.

Durante a gravidez, uma mãe pode transmitir uma IST ao filho?

Sim, algumas infecções sexualmente transmissíveis podem ser transmitidas durante a gravidez (por meio da placenta), no parto (por meio de secreções vaginais) ou após o parto (por meio do leite materno). Mas se o diagnóstico for precoce e o tratamento adequado, na maioria dos casos, a infecção no feto e no recém-nascido pode ser prevenida.

Se eu for diagnosticado com uma doença sexualmente transmissível, meu parceiro também precisa de tratamento médico?

Se for diagnosticada uma IST, comunique à pessoa ou pessoas com quem já teve relações sexuais. Elas devem procurar um centro médico, para serem examinadas e receber o tratamento adequado.

Como você pode prevenir a propagação de uma infecção sexualmente transmissível?

Para reduzir o risco de contágio, é aconselhável usar preservativos masculinos ou femininos durante as relações sexuais (incluindo sexo oral), não compartilhar objetos que cortam (lâminas, agulhas, etc.), não compartilhar brinquedos sexuais se não estiverem cobertos com preservativo e, ao furar a pele com tatuagens e piercings, use somente material descartável ou esterilizado.

Eu sou lésbica. Eu posso pegar uma IST?

Sim. Se você faz sexo com qualquer pessoa, não importa o gênero ou os genitais, existe uma chance de se pegar ou passar uma IST.

Se você tocar nos genitais da pessoa, ou elas tocarem os seus, existe um risco de transmitir IST (como HPV, verrugas genitais, clamídia, vírus da herpes). O risco de infeção aumenta quando vários dedos ou uma mão inteira estão dentro do órgão genital (prática chamada de fisting), já que isso pode causar pequenas rachaduras ou trauma, o que pode aumentar a transmissão de IST. Para prevenir a transmissão de IST, luvas de nitrilo ou látex podem ser utilizadas.

Se você compartilhar brinquedos sexuais, cobri-los com uma camisinha é uma boa forma de prevenir a transmissão de IST. Lembre-se de trocar a camisinha cada vez que você trocar de parceiro, ou quando mudar do uso anal para o vaginal.

É verdade que só as pessoas com muitos parceiros sexuais pegam IST?

Não. Não importa se você fez sexo uma vez ou 100 vezes. ISTs podem ser passadas através de sexo sem proteção (sem camisinha) por vias anais, vaginais, orais, contato genital e compartilhamento de brinquedos sexuais.

Eu preciso usar uma camisinha para o sexo anal?

Sim, se você quiser evitar IST.  Usar lubrificante à base de água ou silicone junto ao uso da camisinha também pode tornar o sexo anal mais seguro, por diminuir as chances de a camisinha estourar. Fazer sexo anal com lubrificantes, ou usando saliva ou lubrificantes à base de óleos, aumenta as chances de a camisinha estourar

A pílula protege de IST?

Não. A pílula não protege você ou seu parceiro de uma IST. As camisinhas femininas e masculinas são as únicas formas contraceptivas (forma que evita a gravidez) que podem ajudar na hora de prevenir ou passar uma IST quando você faz sexo vaginal ou anal. 

Estou em um relacionamento monogâmico (um parceiro só). Tenho proteção contra IST?

Sim. Uma relação sempre com o mesmo parceiro não vai automaticamente proteger contra IST (ou gravidez), vai diminuir o risco de contrair. Qualquer pessoa pode pegar doenças sexualmente transmissíveis. Embora algumas ISTs produzam fluidos ou outros sinais visíveis, não é sempre possível saber só de olhar para uma pessoa que ela tem IST. Para se prevenir, antes de ter relações sexuais faça exames você e seu parceiro ou parceira, e pratique sexo seguro sempre usando camisinha.

Existem maneiras de ser sexual que não envolvam ISTs?

Sim. Existem diversas maneiras que você pode ser sexual e estar em segurança, além do sexo protegido por camisinha. Masturbação individual, dar uns amassos com roupas (esfregar os genitais estando com roupa), conversa erótica, massagem (sem tocar nos genitais) e abraços são algumas das coisas que você pode fazer e que não passam IST.

Como eu posso saber se tenho uma IST?

Faça um exame! Geralmente, ISTs não têm sintomas óbvios. Isso significa que não é possível dizer se alguém tem ou não IST, e geralmente a pessoa com IST não sabe que a tem – mas ela ainda pode passar a infecção para alguém. A única forma de saber é fazendo o exame. Por isso é importante fazer sexo seguro, se você quer evitar passar uma IST.

Se eu tenho uma coceira estranha, dor ou fluídos, isso significa que eu tenho IST?

Talvez. Muitas vezes, as ISTs causam sim problemas que você vai notar. Mas, esses sintomas não significam sempre que você tenha uma IST, eles podem indicar outro problema de saúde como uma infecção por fungos.

Dói fazer exames de IST?

Não. Exames de várias ISTs são rápidos e fáceis como dar uma amostra de urina, enquanto outros podem envolver tirar sangue. Sua assistência médica pode também examinar visualmente para ver os primeiros sinais de infecção ou usar um cotonete (pequeno bastonete de algodão) nos seus genitais ou boca. Em alguns lugares existem kits de exames, para você fazer em casa. Procure um serviço que ofereça apoio e tratamento no caso de você precisar depois dos exames.

As ISTs se curam sozinhas?

Geralmente não. É muito improvável que uma IST se cure sozinha. Em algumas ISTs, como a Sífilis, os sintomas podem desparecer mesmo que nada seja feito, porém a pessoa continua infectada. Se você não tiver nenhum sintoma, ainda existe o risco de passar a infecção para os parceiros.

Se você acha que pode ter uma IST, procure um serviço de saúde e faça exames. Se a IST ficar sem tratamento, ela pode causar danos a longo prazo na sua fertilidade e saúde, por isso é importante se testar regularmente. Clamídia e gonorreia podem ambas causar inflamação pélvica se não forem tratadas. Isso pode resultar em uma dor na pélvis a longo prazo, trompas de falópio bloqueadas, infertilidade e gravidez ectópica.

Todas as ISTs podem ser curadas com antibióticos?

Não. Muitas ISTs podem ser curadas se diagnosticadas nos primeiros estágios da infecção, e o tratamento pode ser simples. Um medicamento não pode curar todas as ISTs, mesmo por que podem ser causadas por outros agentes que não sejam as bactérias, portanto prevenção com sexo seguro é a melhor opção. Por exemplo, não existe cura para herpes genital. Medicamentos antivirais podem ser usados para prevenir ou conter crises de herpes, mas a doença não pode ser eliminada do seu corpo. Também não existe cura para o HIV, mas existem medicamentos antirretrovirais para reduzir a quantidade do vírus no sangue. Essa terapia retarda a progressão da doença e também reduz a chance de transmissão para futuros parceiros.

Devo ter vergonha de ISTs?

Não. ISTs são doenças como qualquer outra. ISTs são passadas através do contato sexual sem proteção com alguém que tenha a infecção. Pegar uma IST não tem nada a ver com higiene ou limpeza, e fazer um teste de IST não é um reflexo do seu comportamento – é uma escolha saudável e responsável. Faça exames regularmente, e não se esqueça de falar com parceiros e parceiras sobre sexo seguro e ISTs.

O cancro mole é transmitido somente por contato sexual, causado pela bactéria Haemophilus ducreyi. Cerca de dois a três dias após contato com parceira contaminada, surgem pequenas feridas no pênis, com odor característico, dolorosas e sangrando com muita facilidade. Tendem a se multiplicar na medida em que o tempo passa, se não recebem tratamento. Tem cura e o tratamento se dá por antibiótico.

HPV é Vírus do Papiloma Humano, causador de verrugas que acometem principalmente os genitais. A importância, independentemente da presença de lesões, é a relação direta entre HPV e o câncer de colo do útero e vagina nas respectivas parceiras sexuais, bem como o câncer de pênis no homem. Por isso, todo homem portador desse tipo de problema deve ser muito bem avaliado, adequadamente tratado e orientado quanto aos cuidados inerentes à parceira. O tempo de aparecimento das verrugas após a transmissão ainda não foi completamente definido, é muito variável na dependência da defesa imunológica de cada pessoa, podendo chegar até a oito meses.

O HPV não tem cura. O tratamento é a destruição das lesões. Os tipos de tratamento são químicos, cirúrgicos e estimuladores da imunidade. Vacinas contra os tipos de HPV mais presentes é quadrivalente , ou seja, previne contra 4 tipos de HPV (16,18,06 e 11 causadores de câncer).

Infecção da uretra causada geralmente por uma bactéria conhecida por gonococo (Neisseria gonorrhoeae) ou Clamídia (Chlamydia trachomatis). Apresenta-se inicialmente com dor e ardência uretrais durante a micção, depois aparecendo uma secreção espessa e mal cheirosa, com aspecto de pus, em geral, três a cinco dias após contato sexual com parceira contaminada. Na mulher podemos ainda ter sangramento fora da época da menstruação, dor ou sangramento durante a relação sexual.

Se não diagnosticada e tratada adequadamente, a infecção poderá evoluir para complicações importantes, desde inflamação crônica da próstata até infertilidade. Sua incidência permanece alta e, como muitas das pessoas acometidas utilizam o expediente da “automedicação” o que não permite a cura em muitas vezes.

O que é herpes simples?

O vírus herpes simples (HSV) causa infecções envolvendo superfícies nas mucosas (dentro da boca, vagina) e cutânea (pele), sistema nervoso central e órgãos. Aqui, nos referimos ao cutâneo exclusivamente e especificamente ao herpes labial simplex.

Existem vários tipos de vírus herpes simplex. Entre os mais comuns são:

  • HSV tipo I, que é o tipo mais comum, geralmente produz feridas (nos referimos a ele a partir de agora)
  • HSV tipo II, que muitas vezes produzem herpes genital.

Mas ambos os tipos podem infectar qualquer área da pele ou membranas mucosas

O que é Herpes genital?

É uma Infecção Sexualmente Transmitida (IST), popularmente conhecida também como Doença Sexualmente Transmissível (DST), o vírus é conhecido como herpes simples — herpes vírus tipo 2 (HSV-2). Infecção caracterizada pelo aparecimento das vesículas, bolhas e úlceras na pele. Provoca lesões nas mucosas dos órgãos genitais masculinos e femininos. Embora parecido com herpes labial, não são iguais por pertencerem a diferentes tipos de vírus. Estima-se que 50% da população mundial seja portadora da doença.

Quais as causas da Herpes genital?

As causas estão associadas ao contato direto com o líquido presente nas bolhas e ulcerações (feridas rasas) geralmente localizadas nos genitais, coxas e ânus e até mesmo no colo do útero. O ato sexual (oral, vaginal ou anal) sem uso de preservativos com outro indivíduo portador do vírus pode causar o Herpes genital. 

Quais os sintomas do Herpes genital?

Os sintomas do herpes genital surgem 10 a 15 dias após a relação sexual (com outro portador do vírus). E entre eles estão:

  • Desconforto e muita coceira; 
  • Dor local; 
  • Ardor (na região genital e eventualmente dores ao defecar, se há bolhas próximas ao ânus); 
  • Pequenas feridas nos órgãos genitais;
  • Vermelhidão no local;
  • Pequenas bolhas;
  • Ínguas na virilha.

E também podem aparecer outros sintomas, como:

  • Estado febril (febre baixa);
  • Calafrios;
  • Dores de cabeça;
  • Mal-estar; 
  • Perda de apetite; 
  • Dores musculares;
  • Cansaço.

Algumas vezes podem surgir avisos como: infecção urinária, dor ao urinar, leve coceira. 

Qual o tratamento para Herpes genital?

Não há cura para o Herpes genital e há anos são estudadas vacinas para combater o vírus que “camufla” nas células nervosas para sempre. O vírus é combatido pelo sistema imunológico, mas também é protegido por ele, por isso uma queda no sistema imunológico pode surgir novamente bolhas e úlceras. É recomendado o diagnóstico de um especialista para realizar o tratamento adequado e diminuir a gravidade e duração dos sintomas, o médico prescreve pomadas e remédios. A doença não é mais contagiosa quando passa o período das bolhas e surgimento deste líquido. 

 

O que é sífilis?

A sífilis é uma doença sexualmente transmissível causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum. Esta infecção também pode se transmitida de mãe para filho durante a gravidez, este último chamamos de sífilis congênita.

Como é a sífilis?

  • A sífilis é transmitida principalmente através do contato sexual (anal, vaginal e oral);
  • As mulheres grávidas podem passar sífilis para seus filhos.

Quais são os sintomas da sífilis?

Entre 10 e 90 dias após a ocorrência da infecção aparece uma ferida única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele). Normalmente, ela não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha. Essa ferida pode desaparecer sozinha, independentemente de tratamento.

Pelo menos, seis semanas após o início da sífilis primária, a sífilis secundária começa a se manifestar. Esta fase da infecção é caracterizada pelo aparecimento de erupção por todo o corpo, consistindo essencialmente de pequenas manchas vermelhas cobertas por escamas. A seguir é apresentado um quadro semelhante à gripe, consistindo de febre e dores musculares. Estes sintomas desaparecem mesmo sem tratamento, mas depois reaparecem de uma forma imprevisível.

Anos após a apresentação da sífilis primária e secundária pode aparecer a sífilis terciária. Esta fase da infecção é caracterizada pela ocorrência de manifestações graves em diferentes partes do corpo. Geralmente afeta o coração e aorta, o que pode causar sérios problemas cardiovasculares e até mesmo a morte. A condição é típica do cérebro e outras partes do sistema nervoso, causa deficiência intelectual, impotência, desequilíbrio, perda da sensibilidade e dor intensa nas pernas.

Quem está em risco de contrair sífilis?

Pessoas que praticam sexo sem proteção, principalmente se realizados em países onde a sífilis é comum, que é o caso do Brasil.

Dicas para prevenir a propagação da sífilis:

  • Uso de preservativos durante as relações sexuais, e fazer todo o possível para evitar contatos sexuais de risco.
  • Se você suspeitar que pode ter contraído a doença, procure um serviço de saúde que irá examiná-lo e, se for confirmado, também deve tratar as pessoas que tiveram relações sexuais recentemente.

Como é diagnosticada a sífilis?

O diagnostico pode ser feito por teste rápido e exame de sangue. Ela também pode ser diagnosticada através da detecção de bactérias nas secreções que ocorrem nas lesões da pele. Em certos casos, requer a admissão ao hospital para completar os estudos necessários.

Como é a sífilis?

A sífilis é tratada com injeções de penicilina, exceto quando o paciente é alérgico a este antibiótico, caso em que outras alternativas podem ser usadas. Quando as lesões de pele causarem desconforto, você pode usar certos medicamentos aplicados localmente.

É aconselhável que as pessoas com sífilis evitem ter relações sexuais durante os dois meses após o início do tratamento. Desde então, é conveniente utilizar um preservativo de látex por várias semanas.

O tratamento é necessário para controlar a análise para verificar se houve cura da doença. Esses controles devem geralmente ser feitos a cada 3 meses, por um ano.

É muito importante o tratamento concomitante dos parceiros, a fim de evitar possíveis reinfecções da sífilis uma vez que não se tem imunidade para tal doença. Uma mesma pessoa poderá se infectar quantas vezes tiver contato com a doença.

Prognóstico da sífilis

  • Se a sífilis for tratada corretamente tem uma cura completa, e não há complicações ou sequelas. Após a recuperação completa pode retomar as relações sexuais.
  • Se a sífilis não for tratada adequadamente, pode ocorrer anos mais tarde as manifestações graves que caracterizam sífilis terciária.

 

Hepatites Virais

 As Hepatites Virais tratam-se de infecções que atingem o fígado, causando alterações leves, moderadas ou graves. Na maioria das vezes são infecções silenciosas, ou seja, não apresentam sintomas. Entretanto, quando presentes, elas podem se manifestar como: cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

No Brasil, as hepatites virais mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D (mais comum na região Norte do país) e o vírus da hepatite E, que é menos comum no Brasil, sendo encontrado com maior facilidade na África e na Ásia.

As infecções causadas pelos vírus das hepatites B ou C frequentemente se tornam crônicas. Contudo, por nem sempre apresentarem sintomas, grande parte das pessoas desconhecem ter a infecção. Isso faz com que a doença possa evoluir por décadas sem o devido diagnóstico. O avanço da infecção compromete o fígado, sendo causa de fibrose avançada ou de cirrose, que podem levar ao desenvolvimento de câncer e à necessidade de transplante do órgão.

Atualmente, existem testes rápidos para a detecção da infecção pelos vírus B ou C, que estão disponíveis no SUS para toda a população. Todas as pessoas precisam ser testadas pelo menos uma vez na vida para esses tipos de hepatite. Populações mais vulneráveis precisam ser testadas periodicamente.

Além disso, ainda que a hepatite B não tenha cura, a vacina contra essa infecção é ofertada de maneira universal e gratuita no SUS, nas Unidades Básicas de Saúde.

Já a hepatite C não dispõe de uma vacina que confira proteção. Contudo, há medicamentos que permitem sua cura.

O que é Hepatite A?

É uma infecção causada pelo vírus A da hepatite, também conhecida como “hepatite infecciosa”. Na maioria dos casos, a hepatite A é uma doença benigna; contudo, o curso sintomático e a letalidade aumentam com a idade.

Como se dá a transmissão?

A transmissão da hepatite A é fecal-oral (contato de fezes com a boca). A doença tem grande relação com alimentos ou água não seguros, baixos níveis de saneamento básico e de higiene pessoal. Outras formas de transmissão são os contatos pessoais próximos (entre as pessoas de uma mesma casa, pessoas em situação de rua ou entre crianças em creches) e os contatos sexuais (especialmente em homens que fazem sexo com homens – HSH).

A estabilidade do vírus da hepatite A no meio ambiente e a grande quantidade de vírus presente nas fezes dos indivíduos infectados contribuem para a transmissão. Crianças podem manter a eliminação viral até cinco meses após clinicamente estarem bem.

No Brasil e no mundo, há também relatos de casos e surtos que ocorrem em populações com prática sexual anal, principalmente a que propicia o contato fecal-oral (sexo oral-anal).

Quais são os sinais e sintomas?

Geralmente, quando presentes, os sintomas podem ser vários, podendo se manifestar inicialmente como cansaço, mal-estar, febre e dores musculares. Esses sintomas iniciais podem ser seguidos de sintomas gastrointestinais, como enjoo, vômitos, dor abdominal, constipação ou diarreia. A presença de urina escura ocorre antes da fase em que a pessoa pode ficar com a pele e os olhos amarelados (icterícia). Os sintomas costumam aparecer de 15 a 50 dias após a infecção e duram menos de dois meses.

Como é o diagnóstico?

O diagnóstico da infecção atual ou recente é realizado por exame de sangue, no qual se pesquisa a presença de anticorpos (anti-HAV IgM – infecção inicial), que podem permanecer detectáveis por cerca de seis meses.

É possível também fazer a pesquisa para saber se tivemos alguma vez na vida o  contato com o vírus de Hepatite A através do anticorpo IgG ( anticorpo anti-HVA IGG – infecção que já passou)  ou resposta  de imunidade após a vacina. 

Como é o tratamento?

Não há nenhum tratamento específico para hepatite A. O mais importante é evitar a automedicação para alívio dos sintomas, uma vez que o uso de medicamentos desnecessários ou que são tóxicos ao fígado podem piorar o quadro. O médico saberá prescrever o medicamento mais adequado para melhorar o conforto e indicar a alimentação adequada, fazer a reposição de líquidos perdidos pelos vômitos e diarreia. A hospitalização está indicada apenas nos casos de insuficiência hepática aguda.

Como se prevenir?

A melhor forma de evitar a doença é melhorando as condições de higiene e saneamento básico, como:

  • Lavar as mãos (principalmente após o uso do sanitário, a troca de fraldas e antes do preparo de alimentos);
  • Lavar com água tratada, clorada ou fervida os alimentos que são consumidos crus, deixando-os de molho por 30 minutos;
  • Cozinhar bem os alimentos antes de consumi-los, principalmente mariscos, frutos do mar e peixes;
  • Lavar adequadamente pratos, copos, talheres e mamadeiras;
  • Usar instalações sanitárias;
  • No caso de creches, pré-escolas, lanchonetes, restaurantes e instituições fechadas, adotar medidas rigorosas de higiene, tais como a desinfecção de objetos, bancadas e chão, utilizando hipoclorito de sódio a 2,5% ou água sanitária;
  • Não tomar banho ou brincar perto de valões, riachos, chafarizes, enchentes ou próximo de locais onde haja esgoto;
  • Evitar a construção de fossas próximas a poços e nascentes de rios;
  • Usar preservativos e higienizar as mãos, genitália, períneo e região anal antes e depois das relações sexuais;
  • Higienizar vibradores, plugs anais e vaginais e outros acessórios eróticos.

Vacina: a vacina contra a hepatite A é altamente eficaz e segura, sendo a principal medida de prevenção contra a hepatite A. A gestação e a lactação não representam contraindicações para imunização. Atualmente, a vacina faz parte do calendário infantil, no esquema de uma dose aos 15 meses de idade (podendo ser utilizada a partir dos 12 meses até 5 anos incompletos, ou seja, 4 anos, 11 meses e 29 dias). É importante que os pais, cuidadores e profissionais de saúde estejam atentos para garantir a vacinação de todas as crianças.

O que é Hepatite E?

A hepatite E é uma infecção causada pelo vírus E da hepatite.  O vírus causa hepatite aguda de curta duração e autolimitada. Na maioria dos casos, é uma doença de caráter benigno. Porém, a hepatite E pode ser grave na gestante e, raramente, causar infecções crônicas em pessoas que tenham algum tipo de imunodeficiência.

Formas de transmissão

O vírus da hepatite E é transmitido principalmente pela via fecal-oral e pelo consumo de água contaminada, em locais com infraestrutura sanitária deficiente. Outras formas de transmissão incluem: ingestão de carne mal cozida ou produtos derivados de animais infectados (por exemplo, fígado de porco); transfusão de produtos sanguíneos infectados; e transmissão vertical de uma mulher grávida para seu bebê.

Quais são os sinais e sintomas?

Geralmente, em adultos jovens, o vírus E causa hepatite aguda de curta duração e autolimitada (2 – 6 semanas), clinicamente indistinguível de outras causas de hepatite viral aguda. Embora a infecção ocorra também em crianças, elas geralmente não têm sintomas, ou apresentam apenas uma doença leve sem icterícia que não é diagnosticada.

Os sinais e sintomas, quando presentes, incluem inicialmente fadiga, mal-estar, febre e dores musculares. Esses sintomas iniciais podem ser seguidos de enjoo, vômitos, dor abdominal, constipação ou diarreia, presença de urina escura e pele e os olhos amarelados (icterícia).

A hepatite E fulminante ocorre com mais frequência durante a gravidez. As mulheres grávidas com hepatite E, particularmente aquelas no segundo ou terceiro trimestre de gestação, apresentam maior risco de insuficiência hepática aguda, perda fetal e mortalidade. Até 20% a 25% das mulheres grávidas podem morrer se tiverem hepatite E no terceiro trimestre.

Como é o diagnóstico?

O teste para a pesquisa de anticorpos IgM anti-HEV  é usado para o diagnóstico da infecção recente pelo vírus da hepatite E. Anticorpos IgG anti-HEV (fase crônica) são encontrados desde o início da infecção, com pico entre 30 e 40 dias após a fase aguda da doença, e podem persistir por até 14 anos. A detecção da doença na fase aguda em amostras de fezes, por RT-PCR, auxilia no diagnóstico dos casos agudos de hepatite E.

Tem tratamento para Hepatite E?

Não possui tratamento específico, sendo apenas recomendado ficar de repouso e beber muito líquido, além de tentar garantir melhor condições de saneamento e higiene, especialmente, no que diz respeito ao preparo dos alimentos.

O que é Hepatite B?

É uma doença infecciosa que agride o fígado, sendo causada pelo vírus B da hepatite. O vírus da hepatite B está presente no sangue e secreções, e a hepatite B é também classificada como uma infecção sexualmente transmissível. Inicialmente, ocorre uma infecção aguda e, na maior parte dos casos, a infecção se resolve espontaneamente até seis meses após os primeiros sintomas, sendo considerada de curta duração. Quando não se resolve sozinha, a infeção torna-se crônica. 

Formas de transmissão

O Hepatite B pode sobreviver por períodos longo fora do corpo, e tem maior chance de infecção que os vírus da hepatite C e do HIV. As principais formas de transmissão são:

  • Relações sexuais sem preservativo com uma pessoa infectada;
  • Da mãe infectada para o filho, durante a gestação e o parto;
  • Compartilhamento de material para uso de drogas (seringas, agulhas, cachimbos);
  • Compartilhamento de materiais de higiene pessoal (lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam);
  • Na confecção de tatuagem e colocação de piercings, procedimentos odontológicos ou cirúrgicos que não atendam às normas de biossegurança;
  • Por contato próximo de pessoa a pessoa (presumivelmente por cortes, feridas e soluções de continuidade).

Quais são os sinais e sintomas?

A evolução é silenciosa, geralmente com diagnóstico após décadas da infecção. Os sinais e sintomas, quando presentes, são comuns às demais doenças crônicas do fígado e costumam manifestar-se apenas em fases mais avançadas da doença, na forma de cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre e dor abdominal. A ocorrência de pele e olhos amarelados é observada em menos de um terço dos pacientes com hepatite B.

Como é o diagnóstico?

O Ministério da Saúde distribui testes rápidos (TR) na rede pública de saúde desde 2011. Temos teste rápido em Itapevi de Hepatite B nas unidades de saúde e no serviço de atendimento especializado (SAE).

Tratamento

Após o resultado positivo e confirmação, o tratamento será realizado com antivirais específicos que podem ser comprimidos ou medicamentos injetáveis, disponibilizados no SUS.

Os tratamentos disponíveis atualmente não curam a infecção pelo vírus da hepatite B, mas podem retardar a progressão da cirrose, reduzir a incidência de câncer de fígado e melhorar a sobrevida em longo prazo.

Como se prevenir?

A vacinação é a principal medida de prevenção contra a hepatite B, sendo extremamente eficaz e segura. A gestação e a lactação não representam contraindicações para o recebimento da vacina.

Atualmente, a vacina para hepatite B está prevista no calendário de vacinação infantil. Além disso, o SUS disponibiliza a vacina nas unidades básicas de saúde para todas as pessoas, independentemente da idade. Caso você não seja vacinado ou não tenha feito as três doses da vacina, procure a UBS mais perto de você.

Além da vacina, outros cuidados ajudam na prevenção da infecção pelo vírus da hepatite B, como usar preservativo em todas as relações sexuais e não compartilhar objetos de uso pessoal – tais como lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, material de manicure e pedicure, equipamentos para uso de drogas, confecção de tatuagem e colocação de piercings.

A testagem das mulheres grávidas ou com intenção de engravidar também é fundamental para prevenir a transmissão da mãe para o bebê. A profilaxia para a criança após o nascimento reduz drasticamente o risco de transmissão vertical.

Alguns cuidados também devem ser observados nos casos em que se sabe que o indivíduo tem infecção ativa pelo vírus da hepatite B, para minimizar as chances de transmissão para outras pessoas. As pessoas com infecção devem: ter seus contatos sexuais e domiciliares e parentes de primeiro grau testados e vacinados para hepatite B; utilizar camisinha durante as relações sexuais se o parceiro não for imune; não compartilhar instrumentos perfurocortantes e objetos de higiene pessoal ou outros itens que possam conter sangue; cobrir feridas e cortes abertos na pele; limpar respingos de sangue com solução clorada; não doar sangue ou esperma.

O que é Hepatite D?

É uma infecção causada pelo vírus D da hepatite. A hepatite D, também chamada de Delta, está associada com a presença do vírus B da hepatite  para causar a infecção e inflamação das células do fígado. Existem duas formas de infecção pelo vírus da hepatite D: coinfecção simultânea com o vírus da hepatite B e superinfecção pelo vírus da hepatite D em um indivíduo com infecção crônica pela hepatite B.

A hepatite D crônica é considerada a forma mais grave de hepatite viral crônica, com progressão mais rápida para cirrose e um risco aumentado para descompensação, carcinoma hepatocelular e morte. 

Qual a formas de transmissão?

As formas de transmissão são idênticas às da hepatite B, sendo:

  • Por relações sexuais sem preservativo com uma pessoa infectada;
  • Da mãe infectada para o filho, durante a gestação e parto;
  • Compartilhamento de material para uso de drogas (seringas, agulhas, cachimbos);
  • Compartilhamento de materiais de higiene pessoal (lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam);
  • Na confecção de tatuagem e colocação de piercings, procedimentos odontológicos ou cirúrgicos que não atendam às normas de biossegurança;
  • Por contato próximo de pessoa a pessoa (presumivelmente por cortes e feridas);
  • Transfusões de sangue (mais relacionadas ao período anterior a 1993).

Quais são os sinais e sintomas?

Da mesma forma que nas outras hepatites, quem tem hepatite D pode não apresentar sinais ou sintomas da doença. Quando presentes, os mais comuns são: cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

Como é o diagnóstico?

O diagnóstico sorológico da hepatite D é baseado na detecção de anticorpos anti-HDV. Caso a pessoa apresente exame anti-HDV reagente, a confirmação da hepatite Delta será realizada por meio do somatório das informações clínicas, epidemiológicas e demográficas. A confirmação do diagnóstico também poderá ser feita por meio da quantificação do HDV-RNA, atualmente realizada apenas em caráter de pesquisa clínica. Excepcionalmente, a confirmação diagnóstica da hepatite D poderá ser feita por meio do exame de histopatologia.

Como é o tratamento?

Após o resultado positivo e confirmação, o médico indicará o tratamento de acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite B e Coinfecções (PCDT Hepatite B).

Os medicamentos não ocasionam a cura da hepatite D. O objetivo principal do tratamento é o controle do dano hepático. Todos os pacientes portadores de hepatite Delta são candidatos à terapia disponibilizada pelo SUS. Atualmente, as terapias são compostas por alfapeguinterferona 2a e/ou um análogo de núcleosídeo ou nucleotídeo. Todos os pacientes com hepatite D devem ser encaminhados a um serviço especializado.

Além do tratamento medicamentoso, orienta-se que a pessoa não consuma bebidas alcoólicas.

Como se prevenir?

A imunização para hepatite B é a principal forma de prevenção da hepatite Delta, sendo universal no Brasil desde 2016. Outras medidas envolvem o uso de preservativo em todas as relações sexuais e o não compartilhamento de objetos de uso pessoal – como lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, material de manicure e pedicure, equipamentos para uso de drogas, confecção de tatuagem e colocação de piercings.

Além disso, toda mulher grávida precisa fazer o pré-natal e os exames para detectar as hepatites, o HIV e a sífilis.

O que é Hepatite C?

É um processo infeccioso e inflamatório, causado pelo vírus C e que pode se manifestar na forma aguda ou crônica, sendo esta segunda a forma mais comum.

A hepatite crônica é uma doença silenciosa, e se caracteriza por um processo inflamatório persistente no fígado. A maioria dos casos se tornam crônicos e, em média, 20% evoluem para cirrose ao longo do tempo. Uma vez estabelecido o diagnóstico de cirrose hepática, existe o risco para o surgimento de carcinoma hepático.

Formas de transmissão

A transmissão do HCV pode acontecer por:

  • Contato com sangue contaminado, pelo compartilhamento de agulhas, seringas e outros objetos para uso de drogas (cachimbos);
  • Reutilização ou falha de esterilização de equipamentos médicos ou odontológicos;
  • Falha de esterilização de equipamentos de manicure;
  • Reutilização de material para realização de tatuagem;
  • Procedimentos invasivos (ex.: hemodiálise, cirurgias, transfusão) sem os devidos cuidados de biossegurança;
  • Uso de sangue e seus derivados contaminados;
  • Relações sexuais sem o uso de preservativos (menos comum);
  • Transmissão da mãe para o filho durante a gestação ou parto (menos comum).

A hepatite C não é transmitida pelo leite materno, comida, água ou contato casual, como abraçar, beijar e compartilhar alimentos ou bebidas com uma pessoa infectada.

Quais são os sinais e sintomas?

O surgimento de sintomas em pessoas com hepatite C é muito raro; cerca de 80% delas não apresentam qualquer manifestação. Por isso, a testagem espontânea da população prioritária é muito importante no combate a esse agravo.

Como é o diagnóstico?

Em geral, a hepatite C é descoberta em sua fase crônica. Normalmente, o diagnóstico ocorre após teste rápido de rotina ou por doação de sangue. Esse fato mostra a importância da realização dos testes rápidos ou sorológicos, que identificam a presença dos anticorpos anti-HCV. Se o teste de anti-HCV for positivo, é necessário realizar um exame de carga viral (HCV-RNA) para confirmar a infecção ativa pelo vírus. Após esses exames o paciente será encaminhado para o tratamento, ofertado gratuitamente pelo SUS, com medicamentos capazes de curar a infecção e impedir a progressão da doença.

Como é o tratamento?

Hepatite C tem CURA!

O tratamento da hepatite C apresenta taxas de cura de mais 95% e é realizado, geralmente, por 8 ou 12 semanas. 

Todas as pessoas com infecção pelo HCV podem receber o tratamento pelo SUS. O médico, tanto da rede pública quanto a rede privada, poderá prescrever o tratamento. 

Como se prevenir?

Não existe vacina contra a hepatite C. Para evitar a infecção, é importante:

  • Não compartilhar com outras pessoas qualquer objeto que possa ter entrado em contato com sangue (seringas, agulhas, alicates, escova de dente etc.);
  • Usar preservativo nas relações sexuais;
  • Não compartilhar quaisquer objetos utilizados para o uso de drogas;
  • Toda mulher grávida precisa fazer, no pré-natal, os exames para detectar as hepatites B e C, o HIV e a sífilis. Em caso de resultado positivo, é necessário seguir todas as recomendações médicas. O tratamento da hepatite C não está indicado para gestantes, mas após o parto a mulher deverá ser tratada.

Alguns cuidados também devem ser observados nos casos em que se sabe que o indivíduo tem infecção ativa pela hepatite C, para minimizar as chances de transmissão para outras pessoas. Pessoas com hepatite C podem participar de todas atividades, incluindo esportes de contato. Também podem compartilhar alimentos e beijar outras pessoas.

Procure uma unidade de saúde e faça o teste!

 

O QUE É PEP?

É uma medida de prevenção de urgência à infecção pelo HIV, hepatites virais e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), que consiste no uso de medicamentos para reduzir o risco de adquirir essas infecções. Deve ser utilizada após qualquer situação em que exista risco de contágio, tais como:

  • Violência sexual;
  • Relação sexual desprotegida (sem o uso de camisinha ou com rompimento da camisinha);
  • Acidente ocupacional (com instrumentos perfurocortantes ou contato direto com material biológico).

QUANDO DEVO PROCURAR A PEP?

Imediatamente após uma relação sexual desprotegida, ou seja, sem uso de camisinha, ou no caso de rompimento ou ainda quando houver o escape da camisinha e exposição ao esperma. A PEP também está indicada nos casos de violência sexual e acidente ocupacional.

PRECISO PAGAR?

Não! A PEP é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

COMO FUNCIONA A PEP PARA O HIV?

Ela funciona tentando evitar que o HIV alcance o sistema imunológico, se reproduza e se dissemine, usando os medicamentos antirretrovirais.

COMO DEVE SER O USO DESSA PROFILAXIA PARA O HIV?

Na PEP os medicamentos antirretrovirais para HIV devem ser tomados durante 28 dias, sem interrupção, sob orientação médica após avaliação do risco. O início desse tratamento deve ser iniciado, preferencialmente, nas primeiras duas horas após a exposição de risco e no máximo 72 horas.

O QUE É AVALIAÇÃO DE RISCO?

A avaliação de risco é realizada no contato da pessoa com o profissional de saúde. É o momento em que o profissional procura compreender, a partir da fala do usuário, suas práticas sexuais e estilo de vida identificando assim estratégias de prevenção possíveis de serem adotadas.

DEVO UTILIZAR A PEP APENAS SE EU SOUBER QUE MEU/MINHA PARCEIRA TEM HIV?

Não, a PEP é indicada sempre que houver exposição de risco ao HIV.

QUANTO TEMPO DEVO TOMAR O MEDICAMENTO PARA A PEP?

Os medicamentos para a PEP devem ser tomados durante 28 dias ininterruptos para que faça efeito esperado.

O USO DOS MEDICAMENTOS POR 28 DIAS PODE TER EFEITO ADVERSO?

Sim, pode haver alguns. Na maioria dos casos, eles nem aparecem, e mesmo quando aparecem podem sumir rapidamente. Durante sua consulta, você deve ser informado sobre esses possíveis efeitos e o que fazer.

DEPOIS QUE RECEBI OS 30 COMPRIMIDOS PARA OS 28 DIAS DA PROFILAXIA TENHO QUE VOLTAR PARA OUTROS EXAMES?

Sim, é importante realizar todo o seguimento.

Na maioria das vezes precisará retornar somente em 30 dias e 90 dias para testes rápidos e encerramento do seguimento da PEP

SE SENTIR UM EFEITO ADVERSO DEVO/POSSO PARAR DE TOMAR A PEP?

Você não deve abandonar o tratamento! Deve procurar o serviço de saúde que indicou a profilaxia e relatar a situação. O medicamento poderá ser trocado por outro. E lembre-se que é melhor terminar o mês de tratamento e se livrar do HIV do que ficar com o HIV pelo resto da vida!

QUANDO ESTOU TOMANDO PEP POSSO PARAR DE USAR CAMISINHA? ESTOU PROTEGIDO?

O preservativo é uma barreira de proteção para várias infecções e a PEP é indicada apenas para evitar a infecção pelo HIV. Outras infecções sexualmente transmissíveis (IST), como a sífilis e a gonorreia e mesmo as hepatites virais não são evitadas com o uso da PEP. Logo para evitar outras infecções é necessário o uso consistente da camisinha.

ONDE SE ENCONTRA A PEP?

Em Itapevi a PEP se encontra:

SAE – Serviço de Atendimento Especializado – (07h às 16h)

José Michelotti, 97, Cidade Saúde dentro do Pronto-socorro Infantil em frente ao Shopping Vila Nova 

E nos prontos-socorros (nos seguintes endereços)

Pronto-socorro Central (24h)

Rua José Michelotti, 300 – Cidade da Saúde, Itapevi – SP

Pronto-socorro Amador Bueno (24h)

Rua Bambina Amirabile Chaluppe, 200 – Amador Bueno, Itapevi – SP

Pronto-socorro Cardoso (24h)

Rua Padre Giovanni Cornaro, 277 – Vila Dr. Cardoso, Itapevi – SP

Conheça cada área da Mandala da Prevenção Combinada

TRATAMENTO COMO PREVENÇÃO 

O uso de medicamentos antirretrovirais faz com que as pessoas vivendo com HIV/AIDS alcancem a chamada “carga viral indetectável” (número de vírus menor que 40 cópias). As evidências científicas também mostram que pessoas vivendo com HIV que possuem carga viral indetectável, além de ganharem uma melhora significativa na qualidade de vida, não transmitem o HIV se a carga viral indetectável se mantiver por pelo menos seis meses.

PROFILAXIA PÓS – EXPOSIÇÃO

PEP é a utilização da medicação antirretroviral após qualquer situação em que exista o risco de contato com o vírus HIV. A medicação age impedindo que o vírus se estabeleça no organismo – por isso a importância de se iniciar esta profilaxia o mais rápido possível após o contato: em até 72 horas, sendo mais eficaz se iniciado nas duas primeiras horas após a exposição. A profilaxia deve ser seguida por 28 dias.

PROFILAXIA PRÉ – EXPOSIÇÃO

PrEP é a utilização do medicamento antirretroviral por aqueles indivíduos que não estão infectados pelo HIV, mas se encontram em situação de elevado risco de infecção. Com o medicamento já circulante no sangue no momento do contato com o vírus, o HIV não consegue se estabelecer no organismo. 

PRESERVATIVOS E GEL LUBRIFICANTES 

preservativo é o método mais eficaz para prevenção das infecções sexualmente transmissíveis, como o HIV, alguns tipos de hepatites, sífilis e evita a gravidez não planejada.

preservativo interno (feminino) também serve para prevenir contra o HIV, hepatites virais e outras infecções sexualmente transmissíveis. Assim como a opção externa (masculina), também evita uma gravidez não desejada. Por ficar dentro da cavidade vaginal ou anal, a camisinha interna não pode ser usada ao mesmo tempo em que a externa. É, também, mais lubrificada.

gel lubrificante, que deve ser sempre à base de água para não danificar o preservativo, tem papel na prevenção da transmissão sexual do HIV, dado que sua presença nas relações sexuais diminui o atrito e a possibilidade de provocar pequenas lesões das mucosas genitais e anais, lesões estas, que funcionam como porta de entrada para o HIV e outros microrganismos. Recomenda-se seu uso associado ao preservativo, potencializando a prevenção, ou uso isolado, na lógica da redução de risco.

O preservativo externo, interno e o gel lubrificante são disponibilizados gratuitamente na rede pública de saúde.

REDUÇÃO DE DANOS 

Como o HIV e alguns vírus causadores de hepatites estão presentes no sangue, há risco de infecção a cada vez que se divide seringas, agulhas, alicates ou qualquer outro produto que corte ou fure. Por isso, recomenda-se não compartilhar os equipamentos para o uso de drogas (seringas, cachimbos, piteiras, canudos, etc).

Essas recomendações fazem parte da estratégia de redução de danos do Ministério da Saúde, que busca reduzir os prejuízos sociais e à saúde de quem usa álcool e outras drogas.

PREVENÇÃO DA TRANSMISSAO VERTICAL

Toda pessoa grávida deve fazer o pré-natal e os exames para detectar o HIV e a sífilis. Esse cuidado é fundamental para evitar a transmissão da pessoa para a criança. A parceria sexual também deverá comparecer ao serviço de saúde para ser orientada e tratada, a fim de evitar a reinfecção da(o) gestante.

testagem para o HIV é recomendada na 1ª consulta do pré-natal, 2º e 3º trimestres e no parto. No caso de gestantes que não tiveram acesso ao pré-natal, o diagnóstico pode ocorrer no momento do parto, na própria maternidade, por meio do teste rápido para HIV. As gestantes que souberem da infecção durante o pré-natal têm indicação de tratamento com os medicamentos antirretrovirais durante a gestação e ainda no trabalho de parto para prevenir a transmissão. O recém-nascido também deve receber o medicamento antirretroviral por quatro semanas e ser acompanhado no serviço de saúde.

A transmissão do HIV também pode acontecer durante a amamentação, por meio do leite materno, por isso a mãe que tem o vírus não deve amamentar a criança. É orientada a suspensão da amamentação e a inibição da lactação. Portanto, o leite da mãe deve ser substituído por leite artificial.

TESTAGEM DE HIV E OUTRAS ISTs

teste para diagnóstico do HIV – quando feito precocemente aumenta a expectativa de vida do soropositivo. Quem busca tratamento especializado no tempo certo e segue as recomendações do médico ganha em qualidade de vida. A infecção pelo HIV pode ser detectada com, pelo menos, 30 dias a contar da situação de risco. Isso porque o exame (o laboratorial ou o teste rápido) busca por anticorpos contra o HIV no sangue. Esse período é chamado de janela imunológica.
Os testes estão disponíveis em todas as unidades de saúde (UBS/USF) e no SAE (Serviço de Atendimento Especializado). 

IMUNIZAÇÃO 

vacina contra Hepatite B é bastante eficaz, mas são necessárias as três doses para garantir a proteção. Está disponível nos postos de saúde (UBS/USF); para a Hepatite C não existe vacina até o momento. É importante também manter a vacinação de adolescentes em dia para o HPV. 

Atenção especial para vacinação de: gestantes, trabalhadores da saúde, bombeiros, policiais, manicures, populações indígenas, doadores regulares de sangue, gays, lésbicas, travestis e transexuais, profissionais do sexo, usuários de drogas, pessoas com ISTs.

Viva Bem

Aplicativo que permite cadastrar seus lembretes de medicamentos, exames e vacinas, visualizar detalhes dos medicamentos e esquemas e acessar seus exames feitos pelo SUS, assim que ficarem prontos. Veja também gráficos da evolução do tratamento, acompanhe seu rendimento e saiba de tudo o que há de novo, antes de todo mundo.

 

Alguns sites onde você pode encontrar e tirar duvidas sobre IST/HIV – AIDS/HV

É uma rede social, que responde dúvidas sobre o sexo seguro.

“A gente te ajuda a segurar essa barra que é ter dúvida sobre sexo seguro”

WhatsApp: (11) 9 9130-3310

Facebook: conversariasemtabu

Pular para o conteúdo